Haverá explicação para a ascensão os mitos midiáticos de agora, mas elas não parecem encontrar respaldo no evangelho para o tipo de marketing utilizado que primeiro os põe no nicho e depois expõe sua mensagem. Presença constante até se admite, mas superexposição é de se questionar. Várias horas por dia diante das câmeras é imagem demais para um mensageiro. A imagem cansa. Chega o dia em que o telespectador fiel desliga para não ver mais aquele rosto ou o ouvinte muda de emissora para não ouvir mais aquela voz. Pode ser culpa do pregador, mas pode ser excesso de exposição.
Admito que posso estar redondamente errado. Com dez ou quinze exceções na mídia do Brasil, quantos rostos ficaram? Onde estão aquelas canções, cantores e artistas de estrondoso sucesso? Quem os compra hoje? Não é diferente a divulgação da fé. Testemunhos demais em favor do mensageiro são sempre questionáveis. Deve ser por isso que Jesus após algum milagre pedia discrição e pouco alarde. (Mc 1,44; 7,36; 8,26; 9,9) É significativo que o evangelho que mais narra os milagres de Jesus é o que mais lembra Jesus a pedir discrição. O lucro pessoal era mínimo. Nem proteção havia. Tiveram que descê-lo por um cesto para escapar dos violentos.(At 9,25) Jesus mandou Pedro guardar a espada na bainha. Não queria guarda-costas (Mt 26,52) Vivia acotovelado pelo povo com quem se misturava. (Mc 5,31) Aquilo, sim era profecia. Mais do que do rosto, Jesus fez uso da Palavra. Na era da televisão e do indivíduo a grande tentação é orar para as câmeras, mais do que para o céu e olhar para s câmeras, mas do que para o povo. Vejam vinte minutos de televisão religiosa e digam se estou exagerando!
31/05/2010
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